No contexto do tema da cadeira, explorar a leveza e a rapidez, proponho abordar a sombra.
Sempre presente, mas dependente da luz, ligeira, disforme e fugidia, a sombra consegue adquirir um carácter soturno e pesado.
Costuma ser utilizada, em filmes, cartoons e BDs como elemento revelador de alguma característica de personagens ou antever algum acontecimento. Logo de inicio relembro-me ideias marcantes desde Lucky Luke, que consegue ser mais rápido que a sua própria sombra, à clássica alegoria da caverna, de Platão, que transmite a mensagem de que a percepção que o Homem tem da realidade não passa da visão da sua própria sombra, enquanto este se encontra virado de costas para a luz, ou seja, a verdadeira realidade que ainda se encontra por descobrir. De facto, o conceito da sombra tem vindo a ser bastante cultivado ao longo da história. No teatro de sombras, e não só, as sombras são exploradas com o intuito de poder simular cenas sobrenaturais, sem isso essas cenas dificilmente seriam concebidas.
O ponto de partida será: como seria um mundo só de sombras?
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